Marcha das Vadias


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Marcha das Vadias

A violência contra a mulher e gênero

 

Por Ana Flávia Miranda

Recentemente realizado em Belo Horizonte, no último dia 26 de maio, a Marcha das Vadias, movimento criado em Toronto no Canadá veio com o intuito de igualdade de gênero e também na coibição da violência de qualquer gênero e natureza contra a mulher. O movimento começou depois que um policial da cidade canadense disse que as mulheres deveriam parar de se vestir como vadias para evitarem estupro. Houve indignação e por isso o protesto com o nome de Marcha das Vadias.

A Marcha chegou ao Brasil dois meses depois de sua criação, em 04 de junho de 2011, e a primeira capital a receber o protesto foi São Paulo, organizada pela publicitária Madô Lopez.  Logo em seguida vieram Belo Horizonte, Recife e Brasília. Em Belo Horizonte, a idealizadora do movimento é atriz Débora Vieira que conta com a participação de diversas ‘feministas’, termo usado pelas defensoras do sexo. E em conversa com uma das participantes pude perceber em grande demasia a insatisfação no tratamento da mulher desde a antiguidade, onde o poder masculino é o que prevalece.

Para Tatiane Oliveira, Estudante, a Marcha tem como objetivo sintetizar os direitos de todas as mulheres e principalmente acabar com qualquer tipo de violência por elas sofrida. Quando questionada sobre o interesse pelo movimento, Tatiane que é homossexual destaca a importância de saber se defender diante situações que possam denegrir a imagem da mulher perante a sociedade. “Durante a caminhada da Marcha pelas ruas de Belo Horizonte, sofri certos tipos de assédio, outrora devido a minha sexualidade fui chamada de sapatão, e sapatão com certeza é uma palavra que machuca, e porque não ser respeitada pelo que sou?”, articula Tatiane. Um dos motivos encontrados pela estudante no ingresso do movimento foram justamente o preconceito e esse tipo de violência verbal e moral contra o sexo feminino.

Uma das características do movimento são as passeatas onde as manifestantes aplicam a nudez como forma de protesto. No entanto, tal nudez foi repreendida por certas autoridades que viram nesta o poder aflorado da sexualidade, tanto nas redes sociais do movimento, as mediadoras tiveram que excluir fotos que exprimissem ou incentivasse algum tipo de desejo.

Sobre a violência contra a mulher, mesmo com a lei Maria da Penha nº11340, promulgada em agosto de 2006, Tatiane faz uma ressalva que com tal apoio é preciso educar as pessoas e fazer com que elas se tornem conhecedoras de seu direito. “Vendo alguns depoimentos, pude perceber que muitas mulheres têm receio de denunciar ou até mesmo denunciam, mas logo após desfazem a denúncia por medo de seus companheiros, e podemos reparar que a violência contra a mulher atinge várias classes sociais, sem distinção”.

Para a Psicóloga e Especialista Forense e Criminal, Christina Diniz com mais de 20 anos atuando em causas a favor das mulheres, ela concorda com Tatiane que ainda é preciso informar. “É preciso informar, mais do que isso ’formar’ as pessoas. Como mulher, nós hoje estamos ganhando o próprio dinheiro, estudando, tendo vida dupla em casa e no trabalho, e mesmo assim existem pessoas que insistem em nos violentar, seja a violência psicológica, sexual, moral e até a mesmo a patrimonial”. Sobre o movimento, Christina apoia e ainda ressalta a importância de defender tal causa. “Movimentos como a Marcha, LGBT, entre outros, vêm para sinalizar, com o intuito de conscientização, independente da escolha sexual da pessoa”.

 O que de fato ainda é preciso ser feito, além da informação que já é exacerbada, mas poucos fazem alusão, é com certeza a divulgação e o apoio de políticas públicas, governantes, imprensa, etc. para que a lei não fique somente no papel e sim seja mais alarmada e concentrada em diversas classes sociais, e que movimentos como esse possam exprimir a igualdade de gênero, levando em consideração que as mulheres têm papel fundamental na cultura e organização de uma sociedade.

“Não-Violência: Direito da Mulher, Direito de Todos!”

 

Referências

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_das_Vadias

Disponível em: http://slutwalkbh.blogspot.com.br/

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Breve História da IBL – Igreja Batista da Lagoinha

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A Igreja Batista da lagoinha foi fundada em 1957. O primeiro templo era localizado na rua Formiga 322 no bairro Lagoinha. O primeiro presidente,mais conhecido como pastor,foi José Rego do Nascimento. Segundo pastor a assumir o cargo em 1972 foi o Marcio Roberto Vieira Valadão,desde esta data,ele tem estado no pastoreio da Lagoinha. Hoje a IBL tem pouco mais de 51 mil membros e um templo para aproximadamente 7 mil pessoas sentadas.

*Obreiro – Aquele que trabalha; operário, trabalhador.

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Bairro Lagoinha

Mônica Rocha, moradora do bairro Lagoinha há 35 anos , fala sobre a vida no bairro. Ela reside num condomínio na Rua Itapecerica e perguntada se a proximidade da Pedreira Prado Lopes e do D.I.(Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais) influencia no dia a dia dos moradores do local, ela diz que não. O policiamento no bairro é normal segundo sua visão, como o de “praxe”, feito em outros bairros. Mônica vê a Lagoinha como qualquer outro bairro de Belo Horizonte, sujeito a qualquer situação ruim. Mas, ela diz que há um descaso, pois a Rua Itapecerica por exemplo, era conhecida e procurada por vender imóveis usados, tinha uma grande tradição nessa área. Ela diz que a prefeitura não permite a demolição dos velhos casarões por considerá-los patrimônio histórico, mas ao mesmo tempo não dá incentivo e nem ajuda para que os moradores possam cuidar bem desse patrimônio. Não há um investimento do governo em favor disso e, consequentemente, essas casas “abandonadas” acabam gerando abrigo para marginais, esconderijo de ladrões, além de ser ruim esteticamente para a rua. Ela trabalhou 10 anos no posto de saúde do bairro São Cristóvao (próximo à Lagoinha) e diz que os comerciantes já tentaram diversas vezes pedir apoio do governo para que a situação das casas abandonadas melhorasse, mas foram tentativas sem sucesso.

Apesar de tudo, Mônica vê a Lagoinha como um bom lugar pra se viver, e como qualquer outro local tem seus aspectos positivos e negativos, mas nada que possa se destacar mais ali que não exista em qualquer outra parte da cidade, seja em bairros nobres ou em bairros mais “pobres”.

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AMGI – Apoio a Mulheres com Gravidez Indesejada

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Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais

Um dos pontos de destaque no bairro Lagoinha é o DI, Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, que tem atuação em todo o estado, entretanto com unidades especializadas (delegacias) na capital, Belo Horizonte, da divisão de crimes contra a vida, divididas por áreas. São seis delegacias especializadas em homicídios (Barreiro, Leste, Cidade Nova, Noroeste, Sul e Centro), e são divididas por região para facilitar o reconhecimento da área, dos criminosos de cada local, permitindo uma atuação mais rápida e eficaz da investigação dos crimes, aumentando o índice de apuração e consequentemente da prisão dos autores dos homicídios. Em 2011 foram registrados aproximadamente 771 homicídiosem Belo Horizonte, aproximadamente dois por dia, e essa divisão de delegacias por região foi com certeza muito importante para a maior rapidez e eficácia das investigações.

Muitos pensam que o Departamento de Investigações não tem serventia, já que existe um alto índice de crimes e tráfico de drogas bem atrás do prédio, e os moradores reclamam que eles “não fazem nada”. O que as pessoas não sabem, é que o D.I trabalha apenas com “fato consumado”, ou seja, com o que já aconteceu, investigando o crime. Entrevistamos o delegado Vagner Pinto de Souza que trabalha na divisão de homicídios, que nos deu alguns dados sobre o funcionamento do departamento como um todo e os homicídios na região da Lagoinha.

O D.I. possui atuação também em sete municípios de maior incidência de homicídios da região metropolitana de Belo Horizonte, sendo eles Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Ibirité, Santa Luzia, Vespasiano e Sabará. Fora da capital e da região metropolitana, atuam também apurando os casos de grande repercussão e gravidade que acontecem no interior, enviando uma equipe de investigação, contendo investigadores e peritos, que juntos procuram vencer as etapas da análise técnica do ocorrido (como, porque, quem é o culpado). Assim, eles buscam o máximo de provas possíveis para esclarecer os crimes, o investigador envia para o delegado responsável um relatório, que integrará uma espécie de “livro”, chamado de inquérito policial, para que as causas do crime e o autor sejam apontados e o Ministério Público possa então processar e julgar o culpado.

O prazo legal para a conclusão de um inquérito é de trinta dias, mas com frequência é necessário pedir a extensão do prazo, por se tratar de algo muito complexo, que pode durar muito tempo para ser esclarecido. Pode-se chegar ou não ao culpado, um crime pode ser desvendado em cinco meses ou cinco anos, depende muito, mas o prazo normal quando se tem todos os elementos necessários, é em média três meses.

Valter disse ainda que a polícia possui uma central de rádio, mas que a maior parte dos crimes “chegam” a eles através de ligações de pessoas denunciando o ocorrido. Na região da Lagoinha, ele aponta que o principal motivo da ocorrência de homicídios é o craque, as drogas. Há também um grande número de moradores de ruas no bairro, que também fazem uso de drogas ou matam por questões de relacionamento interpessoal e bebedeira.

Temos, portanto, que ter consciência de que a polícia existe com a intenção de ajudar a população do melhor modo possível. Claro que há corrupção como em qualquer outro lugar, mas o papel da polícia honesta, participativa, que se “doa” em uma investigação tem que ser valorizado e muito. A investigação de um crime e principalmente a resolução deste é de grande importância para a sociedade em si, para que os valores da humanidade não se percam para levar um “alento” às famílias da vítima e para cuidar para que os direitos humanos sejam sempre respeitados, o que é de suma importância para o progresso tanto individual como coletivo da população.

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abril 28, 2012 · 11:26 pm

O bairro Lagoinha sob diversos olhares …

 

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O bairro Lagoinha situado na região Noroeste é uma das principais localidades e referencias  para a capital mineira, o nome “Lagoinha” segundo alguns  refere-se ao fato de antigamente a região estar localizada em meio a uma área pantanosa e  com várias lagoas.

Constituída por migrantes da região central de MG e imigrantes italianos que auxiliaram na construção de Belo Horizonte,  é uma das regiões mais montanhosas  da capital e a maioria de suas ruas não foram projetadas conforme normas técnicas.

A partir da década de 40 o bairro obteve um grande progresso tornando-se o segundo centro comercial de Belo Horizonte, 40 anos depois, foi construído o  complexo ferro-rodoviário da Lagoinha, extinguindo então, a  antiga Praça Vaz de Melo.

Para quem não sabe o bairro antigamente integrava a região boemia de Belo Horizonte, com o passar dos anos e costumes, a região obteve características bem opostas, o charme dos casarões antigos e construções memoráveis, cederam espaço aos restos das demolições, usuários de drogas e aos moradores de rua.

Nota-se claramente que na região há muitas carências, falta incentivo, investimentos no que se refere a sua população em uma totalidade e principalmente, a divulgação de fatos e projetos que fazem parte de uma realidade positiva e desconhecida por grande parte da sociedade.

Conversamos com alguns moradores e trabalhadores da região para conhecermos o dia a dia do bairro. Para o taxista César Pereira que roda no bairro há 17 anos a localização ao que se refere ao seu trabalho é de grande valorização, porém há um descaso por parte das autoridades com relação à segurança, policiamento e faltam políticas públicas ativas no bairro. Já o morador Bruno Leonardo cita a importância do incentivo às ações sociais já existentes nas comunidades da região, e ressalta  ainda a falta de divulgação e valorização desses projetos.

Segundo alguns moradores o que ocasiona a violência e a insegurança na região está “ligado” a falta de um policiamento preventivo, e a falta de divulgação das ocorrências interessantes, como projetos sociais que constituem a cidadania local.

Em suma, como todos os bairros, regiões da cidade, a Lagoinha conserva heranças, cultiva histórias e é constituída por diversos aspectos, há de se ressaltar as suas carências com o intuito de diminuí-las, e destacar os seus pontos positivos, a  fim de resgatar uma imagem, ou (re)construir um novo olhar e vivencia para aqueles que ainda moram e dependem do bairro para trabalhar, estudar, morar entre outros.

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Apresentação

Bom dia!
Somos estudantes do primeiro período de jornalismo da Uni-bh e hoje começamos o nosso trabalho no blog Mais Lagoinha.
Contamos com a participação de todos os moradores, comerciantes, estudantes da região da Lagoinha na capital mineira para ajudar-nos com sugestões e opiniões na construção deste blog. Desde já convidamos a todos para fazer parte da divulgação do nosso trabalho.
Obrigada e até os próximos posts!

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