O bairro Lagoinha situado na região Noroeste é uma das principais localidades e referencias para a capital mineira, o nome “Lagoinha” segundo alguns refere-se ao fato de antigamente a região estar localizada em meio a uma área pantanosa e com várias lagoas.
Constituída por migrantes da região central de MG e imigrantes italianos que auxiliaram na construção de Belo Horizonte, é uma das regiões mais montanhosas da capital e a maioria de suas ruas não foram projetadas conforme normas técnicas.
A partir da década de 40 o bairro obteve um grande progresso tornando-se o segundo centro comercial de Belo Horizonte, 40 anos depois, foi construído o complexo ferro-rodoviário da Lagoinha, extinguindo então, a antiga Praça Vaz de Melo.
Para quem não sabe o bairro antigamente integrava a região boemia de Belo Horizonte, com o passar dos anos e costumes, a região obteve características bem opostas, o charme dos casarões antigos e construções memoráveis, cederam espaço aos restos das demolições, usuários de drogas e aos moradores de rua.
Nota-se claramente que na região há muitas carências, falta incentivo, investimentos no que se refere a sua população em uma totalidade e principalmente, a divulgação de fatos e projetos que fazem parte de uma realidade positiva e desconhecida por grande parte da sociedade.
Conversamos com alguns moradores e trabalhadores da região para conhecermos o dia a dia do bairro. Para o taxista César Pereira que roda no bairro há 17 anos a localização ao que se refere ao seu trabalho é de grande valorização, porém há um descaso por parte das autoridades com relação à segurança, policiamento e faltam políticas públicas ativas no bairro. Já o morador Bruno Leonardo cita a importância do incentivo às ações sociais já existentes nas comunidades da região, e ressalta ainda a falta de divulgação e valorização desses projetos.
Segundo alguns moradores o que ocasiona a violência e a insegurança na região está “ligado” a falta de um policiamento preventivo, e a falta de divulgação das ocorrências interessantes, como projetos sociais que constituem a cidadania local.
Em suma, como todos os bairros, regiões da cidade, a Lagoinha conserva heranças, cultiva histórias e é constituída por diversos aspectos, há de se ressaltar as suas carências com o intuito de diminuí-las, e destacar os seus pontos positivos, a fim de resgatar uma imagem, ou (re)construir um novo olhar e vivencia para aqueles que ainda moram e dependem do bairro para trabalhar, estudar, morar entre outros.